segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

bem-vindo em mim.

Me arrependo de não ter escrito antes sobre nós.
De não poder dizer agora - não com tanto sentimento - como foi gostoso aquele vento frio batendo enquanto você me abraçava.
De como eu me perdia nos nossos planos absurdos e de como eles me pareciam tão reais.
De como eu ainda não entendo por que raios o céu não é azul, e menos ainda como se formam as nuvens... e de como toda vez que olhar pro céu, vou me recordar do som da sua voz enquanto me explicava todas essas coisas sem explicação.
Queria ter escrito antes - pra não esquecer? pra não adormecer? - sobre o clichê dos seus olhos nos meus, da sensação que isso causava. Não era um frio na barriga, era um quentinho por dentro. Aquecia tudo ali, tudo que com todo esse tempo e toda essa efemeridade, havia se transformado em gelo.
E esses detalhes é que mostram que nosso relacionamento nunca foi de palavras, de frases prontas. Não que não tenhamos dito essas coisas de sempre, "eu te amo" e "pra sempre" não faltaram na nossa caminhada. Acontece que cada um daqueles detalhes - as mãos juntinhas, o colo na hora certa, as risadas debochadas, os olhares que despiam, os beijos, ah os beijos... e as nossas mordidas... Cada um desses detalhes fez com que algo tão breve fosse também tão eterno.

Hoje eu deixaria você me contar que estrelas cadentes não existem...

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