quinta-feira, 3 de setembro de 2009

d o c e

Enquanto ele abria o portão, eu terminava de desligar o fogo das panelas. Faço o almoço e nunca como. Mas gosto de vê-lo elogiando o tempero ou comendo sem prestar atenção na salada nova, e falando sem parar dos problemas no trabalho.

Depois do portão, vem o processo de destrancar a porta e eu abrir o trinco do lado de dentro (maldita prisão). Geralmente ele me abraça, dá um beijinho, vai entrando pra lavar as mãos.

Hoje ele me abraçou, se abaixou e beijou a minha barriga. Fiquei meio paralisada. Estranho. Incomum. Estranho.

- Ahn? - não soube direito o que perguntar.
- Quero nosso bebê aqui. Nosso filho. Vou beijá-lo tanto. - e beijava mais, mais, mais, mais.

Ah... Espero que você não veja todas aquelas coisas que eu bordei com o nome da minha filha. Não quero que sofra. Não quero sofrer.

Quero te corresponder em tudo. Como? Me pega pela mão e me leva pra esse mundo cheio de amor que você me oferece todos os dias, e todos os dias nego.
Divide o brilho desses olhos comigo, faz com que eu tenha esses sonhos e planos ao seu lado, não permita que eu estrague tudo como sempre.
Eu preciso de você, do seu sorriso, do seu amor, dos seus planos, da sua determinação em construir a nossa história. Eu preciso sentir tudo isso. Me ensina...

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